terça-feira, 7 de junho de 2011

7 Semanas...7 Hábitos



Os bons pais dão oportunidades, os pais brilhantes nunca desistem!

Este hábito dos pais brilhantes contribuiu para desenvolver: apreço pela vida, esperança, perseverança, motivação, determinação e capacidade de se questionar, superar obstáculos e de vencer fracassos.

Os bons pais são tolerantes com alguns erros dos seus filhos, os pais brilhantes nunca desistem deles, ainda que estes os decepcionem e tenham transtornos emocionais. Os pais brilhantes são semeadores de ideias e não controladores dos seus filhos.
Os educadores devem ser poetas na batalha da educação. Podem chorar, mas nunca desanimar. Devemos ver o que ninguém vê. Visualizar um tesouro soterrado nas rústicas pedras do coração dos nossos filhos.

Antigamente, os pais eram autoritários; hoje, são os filhos. Os jovens não sabem ser contrariados. Nunca em toda a história vimos crianças e jovens dominarem desta forma os adultos. Em primeiro lugar, aprenda a dizer "não" aos seus filhos sem medo. Se eles não ouvirem "não" dos seus pais, não estarão preparados para ouvir o "não" da vida.

Em segundo lugar, quando disserem "não" os pais não devem ceder a chantagens e pressões dos filhos. Caso contrário, a emoção das crianças tornar-se-á um baloiço: num momento serão dóceis, noutro, explosivos; numa hora estarão animados, em seguida, mal-humorados.

Em terceiro lugar, os pais têm de deixar claro quais são os pontos a serem negociados e quais os limites inegociáveis. Se os pais incorporarem os hábitos dos educadores brilhantes que mencionamos ao longo destas semanas, eles poderão, sem medo, contrariar, impor limites e dizer "não" aos seus filhos. As birras destes não serão destrutivas mas sim construtivas.

Pais de todo o mundo sentem-se perdidos, sem solo para andar, sem ferramentas para penetrar no mundo dos filhos. De facto, conquistar o planeta psíquico dos nossos filhos é tão ou mais complexo do que conquistar o planeta físico. A vida é uma grande escola que pouco ensina a quem não sabe ler.


Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Adaptação e Bem-estar nas Escolas Portuguesas

Será lançado amanhã, dia 7 de Junho de 2011, às 18h30, na Bulhosa de Entrecampos (Lisboa), o livro 'Adaptação e Bem-estar nas Escolas Portuguesas' ( Coisas de Ler) escrito pelos especialistas em Psicologia da Educação, Alexandra Marques Pinto e Luís Picado. A apresentação será do Sr. Felisberto Marçal, Presidente da Associação Crinabel.O livro aborda o tema da adaptação e do bem-estar na escola começando por apresentar um conjunto de estudos realizados com amostras portuguesas de alunos do pré-escolar, dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico, do ensino secundário, do ensino superior e do ensino superior militar. Com o livro  'Adaptação e Bem-estar nas Escolas Portuguesas' os autores pretendem contribuir para a compreensão dos processos de adaptação e do bem-estar nas escolas portuguesas, adoptando como foco aqueles que são os seus principais protagonistas, os alunos e os professores.

* Alexandra Marques Pinto é doutorada em Psicologia, com especialização em Psicologia da Educação, e Professora Auxiliar na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.

* Luís Picado é professor coordenador do ISCE – Instituto Superior de Ciências Educativas (Portugal) e Doutor em Psicologia da Educação.

Porque hoje é segunda... é dia de Teoria!

Esta semana considerámos pertinente abordar a importância dos pais como primeiros agentes de socialização. 
Será que as diferentes formas como educam os filhos produzem diferenças no seu comportamento? Se assim for, quão duradouros serão esses efeitos?

Diferentes estilos de educação infantil

Padrão Autocrático: os pais seguem padrões rígidos sobre como a criança deve ou não deve falar e agir e tentam moldar o comportamento desta de acordo com estes padrões. Estes pais estabelecem regras firmes e reagem a qualquer infracção com punições duras e às vezes severas (frequentemente físicas). Os pais autocráticos não acreditam que seja preciso explicar as regras à criança, esperando que ela as aceite como uma simples manifestação do poder paternal: "é assim porque eu digo que é assim".

Padrão Permissivo: as crianças encontram poucos "não faças" e "faz". Os pais tentam não afirmar a sua autoridade, impõem poucas restrições e controlo, tendem a não estabelecer horários (por exemplo, para ir para a cama ou ver televisão) e raramente usam castigos. Também fazem poucas exigências aos filhos, como arrumar os brinquedos, fazer os trabalhos da escola ou ajudar em tarefas domésticas.
Os pais autocráticos exercem o poder paternal; os pais permissivos abdicam dele.

Padrão Autoritário-recíproco: os pais exercem o seu poder, mas também aceitam a obrigação recíproca de se acomodarem ao ponto de vista da criança e às suas exigências razoáveis. Estes pais estabelecem regras de conduta para os filhos e fazem-nas cumprir quando necessário. Fazem exigências razoáveis, estabelecem e
deveres, esperam que os filhos se comportem com maturidade. Eles passam um tempo considerável a ensiná-los a comportarem-se devidamente, mas também encorajam a independência da criança e permitem o diálogo de igual para igual. Ao contrário dos pais permissivos, eles mandam; mas ao contrário dos autocráticos tentam dirigir com o consentimento dos dirigidos.



Estudos verificam que as crianças educadas autocraticamente são pouco comunicativas, carecem de  independência e mostram-se irritadas e desobedientes, especialmente os rapazes. As crianças educadas permissivamente apresentam características semelhantes. Além disso, parecem muito imaturos e com falta de responsabilidade social. Pelo contrário, as crianças criadas de modo autoritário-recíproco são mais independentes, capazes e socialmente responsáveis. 

Retirado e adaptado de Psicologia de Henry Gleitman, Alan J. Fridlund e Daniel Reisberg. 8ª Edição da Fundação Calouste Gulbenkian. Páginas 808 - 810

7 Semanas...7 Hábitos



Os bons pais dão informação, os pais brilhantes contam histórias!

Este hábito dos pais brilhantes contribuiu para desenvolver: criatividade, espírito inventivo, perspicácia, raciocínio esquemático e capacidade de encontrar soluções em situações tensas.

Quer ser um pai brilhante? Cative os seus filhos pela sua inteligência e afectividade, não pela sua autoridade, dinheiro ou poder. Torne-se uma pessoa agradável influenciando o ambiente em que eles estão. Sabe qual é o termómetro que indica se você é agradável, indiferente ou insuportável? A imagem que os filhos dos seus amigos têm de si. Se eles têm prazer em se aproximar, passou no teste; se eles o evitam, você foi reprovado e terá de rever as suas atitudes.

Os pais que são contadores de histórias não têm vergonha de usar os seus erros e dificuldades para ajudar os filhos a mergulhar dentro de si mesmos e encontrar os seus caminhos. Quando os filhos estão desesperados, com medo do amanhã, com receio de enfrentar um problema, esses pais entram em cena e criam histórias que transformam a emoção ansiosa dos filhos numa fonte de motivação. Contar histórias amplia o mundo das ideias, areja a emoção, dilui as tensões.

A chegada de um novo irmão pode gerar reacções agressivas, rejeições, regressões instintivas (ex: perda do controlo do acto de urinar) e mudanças de atitude no irmão mais velho, comprometendo a formação da sua personalidade. Pais habilidosos criam histórias, desde a gestação do bebé, que incluem ambos os irmãos em experiências divertidas e que incentivam o companheirismo. O mais velho incorpora essas histórias e deixa de encarar o irmão como rival desenvolvendo afeição por ele.

Os jovens apreciam pessoas inteligentes. Para ser inteligente não é preciso ser um intelectual ou cientista, basta criar histórias e inserir nelas lições de vida. Se, ás vezes, nem você mesmo suporta o seu modo fechado de ser, como quer que os seus filhos o ouçam? Não grite, não agrida, não responda com agressividade.Você pode ensinar muito falando pouco.



Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

Reflexão e Teoria: Violência na escola. O caso relatado no El País.


Esta notícia do jornal El País relata uma medida judicial invulgar respeitante a um caso de violência entre alunos dentro da escola.

 Recentemente em Portugal assistiu-se a um caso semelhante de agressão entre colegas gravado e colocado no facebook. Esse vídeo mostra duas jovens que agridem uma terceira, de 14 anos, à estalada e ao pontapé perante a passividade de outros adolescentes, na região de Lisboa. A vítima chega mesmo a ser deitada ao chão e aí são-lhe dados pontapés em várias partes do corpo, incluindo na cabeça.

Apesar de as situações serem semelhantes, o espaço onde ocorre a agressão pode fazer a diferença. Enquanto no caso português as adolescentes se agridem na rua, não menosprezando o dever civil de auxiliar aquele que precisa de nós, no caso espanhol a agressão ocorre no recinto escolar, onde deve ser salvaguardada a segurança das crianças.

As CresSeres consideram que (e baseando apenas na notícia publicada pelo jornal) não existem pistas contextuais suficientes para formular uma opinião bem fundamentada relativamente a este caso em particular. Poderia o agressor ser uma vítima de bullying por parte do colega agredido? Seria o agressor uma criança problemática que não foi referenciada pela escola? A escola referenciou a criança como agressiva e comunicou anteriormente aos pais? Existia acompanhamento psicológico à criança agressora antes do acontecimento? A criança tinha algum problema clínico mental? Como é o ambiente familiar em que a criança se enquadra? Como é caracterizada a sociedade onde esta se insere?

São várias as questões que nos impedem de ajuizar esta situação.

Mas, no geral, a nossa opinião é a de que a responsabilidade da base da educação deve de facto começar na família, que deve ser responsabilizada pelos actos dos educandos. Mas a escola, como agente educativo, também tem a responsabilidade de assegurar condutas educativas correctas e a segurança das crianças e adolescentes dentro do espaço escolar. Para isso existem regras escolares, existem auxiliares educativos, professores, gradeamento, penalizações (como suspensão ou trabalho escolar extra)...

Um estudo de parceria entre a Universidade de Granada e a Universidade Portucalense intitulado “ A violência nas escolas como resultado dos problemas de inadaptação social”  refere que a violência protagonizada pelos jovens nas escolas é uma realidade inegável. A sociedade terá que se organizar e insurgir-se activamente contra este fenómeno. De igual modo, a escola terá que ajustar os seus conteúdos programáticos e acercar-se mais às crianças. Devido às exigências, as famílias muitas vezes destituem-se da sua função educativa, delegando-a à escola. No meio de toda esta confusão, estão as crianças, que, actuam conforme aquilo que observam e agem consoante os estímulos do meio. Meio esse que por vezes oferece modelos de conduta e referências positivas questionáveis.

O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI (1996:95) reforça que “a família constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afectivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e normas”.

Todavia, devido às exigências actuais, os pais cedo colocam os filhos em amas, creches ou infantários. Chegam a casa exaustos de um dia de trabalho, têm ainda as lides domésticas ou trazem trabalho para casa. A criança é colocada sozinha a ver televisão ou a brincar sem um adulto que lhe dê atenção. A relação familiar centra-se prioritariamente nas necessidades físicas da criança, ou seja, na alimentação, na higiene ou no descanso.

Enquanto jovens, o lazer e o convívio com os colegas tem uma importância primordial no seu processo de socialização e formação. Embora haja uma certa continuidade na transmissão de valores de pais para filhos, a verdade é que os jovens de hoje adquirem a sua identidade não só dentro, mas também fora da família, através de discursos variados que a escola e a família poderão ou não integrar. Todavia, a família não se pode demitir do seu papel e atribuir responsabilidades aos outros agentes educativos na formação dos seus descendentes.

Anna Freud (1987:162) alude ao facto de o equilíbrio interno ser perturbado, da personalidade, do meio onde se inserem. Estudos realizados a delinquentes comprovaram que graves distúrbios da socialização acontecem quando a identificação com os pais é desintegrada através de separações, rejeições e outras interferências com os vínculos emocionais existentes entre a criança e as figuras parentais. Muitas vezes a raiz do problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam ser direccionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a protecção social ou até judicialmente. O cerne da questão é que muitas escolas tentam resolver os problemas para os quais não estão preparadas e que não são da sua competência, reforça Sónia Azevedo no seu artigo.

No entanto para combater a violência, a escola tem de analisar a forma como é exercido o seu controlo, tem que se organizar pedagogicamente, para conseguir deter a violência não só interior, mas também exterior.

Dado que o fenómeno da violência é muito amplo e surge em variadíssimos contextos, resta então cogitar que toda a sociedade se deveria mobilizar para proteger os cidadãos de amanhã, para que não tenham um futuro sombrio, enredados em sofrimento, privações e sem projectos de vida.

Retirado e adaptado de “A violência nas escolas como resultado dos problemas de inadaptação social” de Sónia Carla Aroso Azevedo em: www.monografias.com





Condenada pela agressividade do seu filho


  A audiência de Sevilha considera culpada uma mãe pela sua “frouxidão e tolerância” relativamente à atitude violenta do seu filho.  

Uma audiência em Sevilha condenou uma mãe a pagar 14.000 euros de multa por uma agressão do seu filho no Instituto Secundário em que estudava. O tribunal considera que a “frouxidão e tolerância” da mulher na hora de educar o menor motivaram o comportamento violento do adolescente.

A multa pagará o tratamento para recompor os dentes do outro menor, colega do Instituto Castilla de Castilleja de la Cuesta, Sevilha. No julgamento, a mulher tentou desviar a responsabilidade para o Centro Educativo por não fazer “trabalhos suficientes de vigilância” dos alunos, mas a sentença estima que os adolescentes não necessitam de uma vigilância tão rígida, mas que “a brutalidade e intensidade” da agressão evidenciam “uma falta de inculcação ou assimilação da educação e moderação dos costumes do agressor para a convivência em valores”.

A audiência confirma, assim, o primeiro fracasso judicial que falava de uma “incorrecta educação”, que os juízes equiparam aquelas situações em que os progenitores “permitem ou não se preocupam de controlar que os seus filhos não levem para o centro escolar objecto que possam ser perigosos.     

Bibliografia
Adaptado de EFE – Sevilla – 22/03/2008, ELPaís.com > sociedad



segunda-feira, 30 de maio de 2011

7 Semanas...7 Hábitos



Os bons pais conversam, os pais brilhantes dialogam como amigos!

Este hábito dos pais brilhantes contribuiu para desenvolver: solidariedade, companheirismo, prazer de viver, optimismo e inteligência interpessoal.

Vimos que o primeiro hábito dos pais brilhantes é deixar os seus filhos conhecê-los; o segundo é alimentar a sua personalidade; o terceiro é ensiná-los a pensar; o quarto é prepará-los para as derrotas e as dificuldades da vida. Agora, precisamos de compreender que a melhor maneira de desenvolver todos esses hábitos é adquirindo um quinto hábito: dialogar.

Entre conversar e dialogar há uma grande diferença...conversar é falar sobre o mundo que nos cerca, dialogar é falar sobre o mundo que somos. Dialogar é contar experiências, é segredar o que está oculto no coração, é penetrar além da cortina dos comportamentos, é desenvolver a inteligência interpessoal. A maioria dos pais e educadores nunca tiveram coragem de dialogar com os filhos sobre os seus medos, perdas e frustrações. Como é possível que pais e filhos vivam anos a fio debaixo do mesmo tecto e permaneçam completamente isolados? Devemos adquirir o hábito de nos reunirmos pelo menos semanalmente com os nossos filhos, a fim de dialogar com eles. Devemos dar-lhes liberdade para que possam falar de si mesmos, das suas inquietações e dificuldades de relacionamento com os outros e connosco. Não há magia para construir uma relação saudável. O diálogo é insubstituível.

Há um mundo a ser descoberto dentro de cada jovens. Muitos são agressivos e rebeldes e os seus pais não percebem que eles estão a "gritar" através dos seus conflitos. Os comportamentos inadequados muitas vezes são clamores que imploram a presença, o carinho e a atenção dos pais. Planeiem semanas no ano para passearem, para inventarem novos pratos na cozinha, para estarem juntos! Pais e filhos, mesmo que não viagem para lugares longínquos, devem viajar para dentro uns dos outros.

Saiba pedir desculpa aos seus filhos quando exagera nas suas atitudes, faz julgamentos precipitados ou levanta a voz desnecessariamente. Assim, eles aprenderão consigo a pedir desculpas e a reconhecer os seus excessos. Não queira que os seus filhos o temam, queira que eles o amem.

Abraçar, beijar e falar espontaneamente com os filhos cultiva a efectividade e rompe os laços de solidão. O toque e o diálogo são mágicos, criam uma esfera de solidariedade, enriquecem a emoção e resgatam o sentido da vida.
A autoridade dos pais e o respeito por parte dos filhos não são incompatíveis com a amizade. A verdadeira autoridade e o sólido respeito nascem do diálogo.



Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Diálogo entre pais e filhos...

"Os filhos abrem-se quando julgam oportuno, ou quando estão em condições de o fazer, não quando os pais decidem que tem de ser"

Eva Delgado-Martins (Psicóloga e Docente do ISPA, IU), na sua crónica conversas com pais da revista Notícias Magazine do JN, fala sobre como a comunicação entre pais e filhos deve contribuir para a construção de relações de confiança mútua. Explica que esta comunicação funciona como uma ferramenta que se constrói no dia-a-dia e que determina a qualidade das relações na família, contribuindo para que os filhos se sintam afectiva e intelectualmente confiantes; alertando ainda que "compete aos pais aceitar, respeitar e conhecer as diferenças entre os filhos e aguardar o momento mais propício para as conversas".
Como conselhos para uma boa comunicação em família a psicóloga diz que devemos: utilizar mensagens claras e inequívocas, evitando ambiguidades, mal-entendidos e confusões; usar uma linguagem adequada à idade dos filhos; procurar a compreensão dos seus motivos para encontrar pontos em comum acerca dos quais se possa chegar a acordo. Para educar participativamente, devemos rejeitar modelos demasiados rígidos e encorajar os filhos a exprimir opiniões e a proporem alternativas às nossas decisões. As discussões e o diálogo acerca das razões subjacentes às regras orientadas de acordo com o desenvolvimento cognitivo da criança podem ajudar a promover o desenvolvimento da autonomia, autocontrolo e responsabilidade.

adaptado de conversas com pais in Notícias Magazine de Jornal de Notícias #966 de 28 de Novembro de 2010

Papel social da mulher justifica entrega dos filhos à mãe no divórcio

Hoje, 27 de Maio de 2011, o Jornal Público (Edição Porto) divulga um estudo, conduzido pela investigadora Ana Reis Jorge, sobre "padrões de género e igualdade no divórcio e responsabilidades parentais". Este explica que, apesar de a lei ter uma base igualitária, a decisão, na maioria das vezes, de entregar a guarda de menores à mulher, se deve a uma "interiorização de papéis de género por parte de homens e mulheres".
Ana Reis Jorge acrescenta que a visão assimétrica do papel da mulher, em relação ao homem, se reflecte noutras esferas sociais, como na divisão sexual do trabalho, no controlo do espaço doméstico e nos contextos institucionais, inclusive ao nível do poder judicial.
"Por mais que vários factores sejam ponderados aquando da tomada de decisões, a influência da denominada [tendencialmente a mãe] é notória."
No estudo Divórcio e Responsabilidades Parentais: Padrões de Género nos Contextos Familiares e nas Decisões Judiciais, a investigadora assume como objectivo analisar a actuação da justiça neste âmbito, bem como conhecer os trajectos, as percepções e as estratégias de indivíduos divorciados na condução de processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais.

in PÚBLICO sex 27 de Mai Edição Porto (Ano XXII, nº7720)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

7 Semanas...7 Hábitos



Os bons pais preparam os filhos para os aplausos, os pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos!

Este hábito dos pais brilhantes contribuiu para desenvolver: motivação, ousadia, paciência, determinação, capacidade de superação e habilidade para criar e aproveitar oportunidades.

Incentive os seus filhos a ter metas, a procurar o sucesso no estudo, no trabalho, nas relações sociais, mas não pare por aí; leve-os a não ter medo dos seus insucessos. Não há pódio sem derrotas. Muitos não sobem ao pódio não por não terem capacidade, mas porque não souberam superar os fracassos do caminho. Alguns não vencem porque não têm paciência para suportar um não, nem ousadia para enfrentar críticas, nem humildade para reconhecer as suas falhas.

A perseverança é tão importante quanto a capacidade intelectual. A vida é uma longa estrada que tem curvas imprevisíveis e derrapagens inevitáveis. Para os pais brilhantes, ter sucesso não é ter uma vida sem erros. Vencer não é acertar sempre. Os pais que não têm coragem de reconhecer os seus erros nunca ensinarão os seus filhos a enfrentar os seus próprios erros e a crescer com eles.

Viver é um contrato de risco que os jovens precisam de experimentar apreciando os desafios e não fugindo deles. A capacidade de se queixar é o adubo da miséria emocional e a capacidade de agradecer é o combustível da felicidade. Os jovens que se tornam mestres em queixar-se dificilmente conquistarão espaço social e profissional. Levem os seus filhos a encontrar os grandes motivos para serem felizes nas pequenas coisas,
A felicidade não é obra do acaso, é um exercício. Leve os jovens a ver os momentos singelos, a força que surge nas perdas, a segurança que brota no caos, a grandeza que emana dos pequenos gestos. Os segredos da felicidade esconde-se nas coisas simples e anónimas, tão distantes e tão próximas deles.


Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Porque hoje é segunda...é dia de Teoria!

História da Psicologia do Desenvolvimento


- Desde a antiguidade que se têm multiplicado concepções sobre o que é a criança, tendo em conta as diversas perspectivas encaradas até ao final do séc. XIX, resultando essencialmente de invenções culturais: crenças sobre a natureza, desenvolvimento e socialização.


- No último milénio verificou-se uma preocupação com o estatuto moral, filosófico e psicológico da criança, bem como o seu processo de socialização. Preocupação esta considerada necessária para assegurar ao adulto, emergente da criança, o cumprimento do destino que a família e a sociedade lhe prepararam. A criança era encarada, preponderantemente, como estando ao serviço do adulto; o “contrário” (o meio ambiente ao serviço da criança), só é encarado seriamente e filosoficamente a partir do séc. XIX.


- A Psicologia do Desenvolvimento começou a emergir em finais do séc. XIX, podendo a sua história organizar-se de acordo com a proposta de Robert B. Cairns (1983), em três períodos: o formativo (1882-1912), o intermédio (1913-1946) e a era moderna (1947-1982).


Formativo: Considerado o dos “precursores e pioneiros”, está associado ás figuras de Sigmund Freud, entre outros, sendo caracterizado pela emergência de estudos de epistemologia genética sobre o desenvolvimento cognitivo, social, moral e da personalidade, bem como sobre das relações entre evolução e desenvolvimento, feitos de experiências precoces, contribuição da hereditariedade e da experiência, etc,.


Intermédio: Denominado o da “institucionalização e fragmentação”, onde foram estudados empiricamente quase todos os objectivos do comportamento e cognição da criança, bem como o curso “normal” do desenvolvimento sensório-motor, cognitivo e social. O behaviorismo ganhou uma importância crescente, bem como os estudos sobre maturação e crescimento, linguagem e pensamento. Desenvolveu-se ainda a etologia, a teoria da aprendizagem social e a psicanálise.


Era moderna: Período de “expansão e maturação” onde ocorreu o desenvolvimento de novas técnicas e abordagens, relacionadas em parte com o avanço da electrónica e informática. Época de expansão, invenção e crítica, cobrindo todas as áreas de investigação e intervenção. Declínio das teorias ligadas à aprendizagem, tendo começado a ser aplicado o conceito de condicionamento operante de Skinner através da análise da modificação do comportamento, e sendo também abordados, detalhadamente os conceitos de “condicionamento”, “reforço social”, etc,. Foi também introduzido o conceito de imitação para explicar a aquisição de padrões sociais.


- Desde a década de 60, e em parte devido ao renascer do interesse pela teoria de Piaget e á actualidade da abordagem da Aprendizagem Social, a psicologia do desenvolvimento centrou-se no estudo dos processos do desenvolvimento mental e dos mecanismos de mediação, sendo de certo modo transpostas as barreiras entre o desenvolvimento cognitivo e social. Assistiu-se a uma aproximação entre as investigações com animais e com as crianças, dando lugar a novas questões sobre o desenvolvimento psicológico e comportamental.


- A psicanálise e a etologia aproximaram-se, através dos estudos desenvolvidos por Bowlby e Ainsworth e o conceito de desenvolvimento foi redescoberto através de estudos sobre a criança (como organismo em adaptação) e das suas competências; este conceito, extensível ao estudo do ser humano ao longo do ciclo vital, permite estabelecer uma ligação entre várias áreas da psicologia relacionadas com a adaptação cognitiva e social.



Retirado do livro: Borges, Maria Isolina Pinto – Introdução à Psicologia do Desenvolvimento. Porto: Jornal da Psicologia.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Porque merecem divulgação...

"O Grupo Vocal da Escola Básica 2, 3 da Maia (São Miguel - Açores), iniciou-se em Setembro de 2010 com o intuito de aumentar a oferta de actividades musicais nesta mesma escola. Actualmente é constituído por 18 elementos com idades entre os 10 e 13 anos. A principal actividade neste ano lectivo foi a criação do espectáculo "Velvet Carochinha", onde as tradicionais músicas infantis receberam uma nova "roupagem" com base nos grande hits da música rock. AC/DC, Queen, Nirvana e Led Zeppelin, entre outros, conheceram as fantásticas personagens do imaginário infantil português, dando origem a um programa de recordações únicas.
(...)
ESTE PROJECTO TEM COMO ÚNICO INTUITO A PROMOÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL. UTILIZAMOS LETRAS ORIGINAIS E ADAPTAÇÕES DE MÚSICAS INFANTIS PORTUGUESAS COM HITS DA MÚSICA ROCK MUNDIAL. JUNTAMOS ASSIM AS PERSONAGENS FANTÁSTICAS DO IMAGINÁRIO INFANTIL E DAMOS A CONHECER O MELHOR DO ROCK."
in youtube.com



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Porque hoje é segunda... é dia de teoria!


Complexo de Édipo


      Sigmund Freud, psicanalista austríaco, identificou o Complexo de Édipo no decorrer de uma das fases do nosso desenvolvimento psicossexual, nomeadamente na fase fálica. Esta fase ocorre por volta dos três anos e é nela que se forma a identidade sexual (a criança começa a manifestar o interesse pelo conhecimento corporal, perceber as diferenças sexuais e manipular os seus órgãos genitais).



Freud admitia que todas as crianças sofriam um conflito interior, na sua totalidade inconsciente, que visava o desejo de possuir o elemento do sexo oposto e, simultaneamente, a vontade de eliminar o rival do mesmo sexo, por quem experimenta sentimentos ambivalentes de amor e ódio. A relação de um filho rapaz com a mãe vai aprofundando-se e uma relação triangular advém da rápida percepção que a criança tem da existência de um rival, especificamente o pai.


Na fantasia da criança, a relação triangular consiste na seguinte ordem de ideias: o pai é quem fica com a mãe e o impede de realizar o desejo inconsciente de ter a mãe como ele quer. Deste modo, o rapaz investe intensamente na mãe, criando sentimentos ambivalentes de raiva/ódio e de ternura/carinho em relação ao pai. Por vezes a criança fantasia com a morte do pai e como o quer eliminar pensa que este lhe deseja o mesmo. Esta é uma situação conflituosa e vai suscitar na criança o receio de ser castrado pelo pai (complexo de castração). A ansiedade de castração, o amor/ódio pelo pai e o desejo sexual que a criança nutre pela mãe não podem ser resolvidos. Posto isto, a criança inicia o processo de identificação com o modelo parental do mesmo sexo (pai).


O complexo de Édipo é resolvido quando, num sentimento de frustração, a criança percebe que não vai ter a mãe pois ela é do pai.
Em suma, o Complexo de Édipo é considerado o acontecimento mais importante da nossa evolução psíquica visto que é a partir da sua resolução que se completa a constituição de todas as instâncias - Ego e Super-Ego – do nosso aparelho psíquico.

Sigmund Freud
Bibliografia 

A notícia que está a chocar o mundo...

"Esta história chocante e de certa maneira inacreditável veio dos Estados Unidos.

Uma mãe disse à imprensa que dá mensalmente a sua filha de oito anos botox e cera para as pernas e região pubiana?!


A mãe da Califórnia, que admitiu injectar a sua filha de 8 anos com botox para um concurso de beleza infantil está sendo investigada agora pelo San Francisco Human Services Agency.

"É muito raro que uma mãe injecte a sua filha de 8 anos de idade com botox e certamente é motivo para uma investigação", disse Trent Rohrer do San Francisco Human Services Agency.

Mãe e filha Britney Kerry, apareceram no programa "Good Morning America" ​​Quinta-feira a defender o uso de botox.


Britney admitiu que doeu a receber as injecções no rosto dela, mas disse que ela estava habituada à dor.

A admissão no concurso provocou um alvoroço na internet, na comunidade médica e pelos defensores das crianças.

Kerry disse à ABC News que ela não acredita que Britney esteja em perigo de saúde e que foi Britney que pediu as injecções. Kerry, que pediu que o sobrenome de sua família não seja utilizado, é uma esteticista a tempo parcial e não é estranha ao botox, tendo feito o tratamento no seu próprio rosto.

"Como eu disse, eu aplico botox em mim. É seguro ", disse Kerry.

"Ela já me viu a fazer antes", disse Kerry. "Então, quando nós fizemos, ela estava bem com ele."

Kerry não revelou quem lhe fornece o botox. Kerry normalmente administra o botox a Britney através de um total de cinco aplicações, em três locais diferentes da cara.

No entanto nem tudo é negativo e os serviços de protecção de crianças já a retiraram da "mãe"."
in imbecis.com





7 Semanas...7 Hábitos




Os bons pais corrigem os erros, os pais brilhantes ensinam a pensar!

Este hábito dos pais brilhantes contribuiu para desenvolver: consciência criativa, pensar antes de reagir, fidelidade, honestidade, capacidade de questionar, responsabilidade social.

Seja um perito em fazer os seus filhos reflectirem e não em criticar os comportamentos inadequados. As reprimendas e os sermões definitivamente não funcionam; quando começa a repetir as mesmas coisas, detona um "gatilho" inconsciente que abre determinados arquivos na memória que contém as velhas criticas e sermões. Os seus filhos já saberão o que vai dizer e armar-se-ão e defender-se-ão. Consequentemente, o que você disser não ecoará dentro deles e não gerará um momento educacional. Educar não é repetir palavras, é criar ideias, é encantar.
Os pais insistem em educar os filhos como se fossem aparelhos lógicos que só precisam de seguir o manual de regras. Mas cada jovem é um mundo a ser explorado; dizer "faz isto" ou "faz aquilo", sem explicar as causas e sem estimular a arte de pensar, produz robôs e não jovens que pensam.

Os pais brilhantes conhecem o funcionamento da mente para educar melhor e têm consciência de que precisam de ganhar primeiro o território da emoção, para depois ganhar o anfiteatro dos pensamentos e, por último, conquistar os solos conscientes e inconscientes da memória, que é a caixa de segredos da personalidade. Deste modo, geram-se momentos educacionais fantásticos.
Se quiser causar um forte impacto no universo emocional e racional dos seus filhos, use criatividade e sinceridade e assim consquitará os inconquistáveis.
Se educar a inteligência emocioanl dos seus filhos com elogios, quando eles esperam uma reprimenda, com encorajamento, quando eles esperam um reacção agressiva, com uma atitude afectuosa, quando eles esperam um ataque de raiva, eles ficarão encantados e registá-lo-ão, a si, com grandeza. Uma das coisas mais importantes na educação é levar um filho a admirar o seu educador.
Os bons pais punem quando os filhos fracassam; os pais brilhantes incentivam-nos a fazer de cada lágrima uma oportunidade de crescimento.


Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

terça-feira, 10 de maio de 2011

Porque hoje é segunda... é dia de teoria!

Com algum atraso, mas sem querer passar em falso mais uma segunda feira, o blogue cresSER apresenta mais uma teoria sobre o desenvolvimento. Esta segunda (terça) feira é sobre o Psicólogo francês, Henri Wallon. "Este nasceu em 1879 e desde cedo se questionou acerca da forma como se processa o desenvolvimento psicológico. Wallon considerava que não existe uma continuidade serena ao longo do desenvolvimento, mas sim um processo que se desenrola através de crises e conflitos que geram crescimento e consequente evolução.

A sua teoria do desenvolvimento apresenta seis estádios: o estádio da impulsividade motora, onde a criança embora não esteja numa dependência biológica total com a mãe, continua ainda dependente do meio humano à sua volta para a satisfação das suas necessidades mais básicas; o estádio emocional que se inicia por volta dos dois, três meses atingindo o seu apogeu aos seis meses e que se caracteriza pela transformação progressiva das descargas impulsivas sobrepondo-se ao estádio impulsivo; o estádio sensório-motor e projetivo, no qual a criança se liberta do estado de simbiose afetiva com a mãe; o estádio do personalismo que vai dos três aos seis anos, devendo a criança adquirir neste período as noções de corpo próprio e a tomada de consciência de si; o estádio categorial que se situa por volta dos seis/onze anos e no qual surgem dados relativos à construção do Eu e ao conhecimento dos objetos e situações que permitem à criança uma adaptação mais equilibrada ao meio; e por fim o estádio da puberdade e da adolescência onde se verifica um rompimento súbito e abrupto com o equilíbrio anteriormente adquirido. Neste último estádio, o adolescente vai questionar-se sobre as transformações físicas e psicológicas que está a vivenciar, dando normalmente origem a uma crise que marca o início da adolescência e que leva a uma viragem sobre si próprio provocando uma reflexão sobre o seu destino, o seu futuro, a razão de existir, o mundo que o rodeia, entre outros aspetos. É um processo de identificação, uma crise, que tem de ser ultrapassada para gerar desenvolvimento.

Para Wallon o comportamento de cada individuo é, assim, determinado pela interação entre fatores biológicos e sociais.

Este psicólogo desenvolvimentalista morreu em 1962 deixando um legado de obras importantes tais como L'Evolution psychologique de l'enfant, A Psicologia e educação da criança, entre outras."


in Henri Wallon. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-05-10].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$henri-wallon>

sexta-feira, 6 de maio de 2011

7 Semanas...7 Hábitos

Os bons pais alimentam o corpo, os pais brilhantes alimentam a personalidade!


Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver nos seus filhos: reflexão, segurança,

liderança, coragem, optimismo, capacidade de superação do medo e de prevenção de conflitos.

Os bons pais cuidam da nutrição física dos filhos (boa dieta, alimentos saudáveis, etc.,). Os pais brilhantes sabem que a personalidade precisa de uma excelente nutrição psíquica e preocupam-se com os alimentos que enriquecem a inteligência e a emoção.
Antigamente uma família estruturada era uma garantia de que os filhos desenvolveriam uma personalidade saudável. Hoje, bons pais produzem filhos ansiosos, alienados, autoritários e angustiados. Porque a sociedade se tornou uma fábrica de stress e os pais não têm controlo sobre o processo de formação da personalidade dos filhos. Ter cultura, boas condições financeiras, excelente relação conjugal e propiciar uma boa escola/educação aos jovens não basta para produzir saúde psíquica.
Por isso, prepare os seus filhos para sobreviverem nas águas turbulentas da emoção e desenvolverem capacidade crítica. Só assim poderão filtrar os estímulos "stressantes" e serão livres para escolher e decidir. Prepare o seu filho para "ser", pois o mundo o prepará para "ter".
Ajude-os a não serem escravos dos seus problemas. Não se conforme se eles forem tímidos e inseguros. Lembre-se que quando a auto-estima nasce, a alegria morre.
Alimente a personalidade dos seus filhos com sabedoria e tranquilidade. Não se esqueça que tropeçamos nas pequenas pedras e não nas grandes montanhas. E que as pequenas pedras no inconsciente, transformam-se em grandes colinas.
Assim, os pais brilhantes não formarão heróis, mas seres humanos que conhecerão os seus limites e a sua força.


Retirado e adaptado do livro Pais Brilhantes, Professores Fascinantes de Augusto Cury

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sexualidade dos adolescentes

Sexualidade dos adolescentes foi o nome que Eva Delgado-Martins, Psicóloga e Docente do Ispa, IU, deu à sua crónica ,com a etiqueta confiança, na revista Notícias Magazine. Uma crónica que alerta para o facto de todas as pessoas (família, escola, comunidade, organizações não-governamentais, autarquias, institutos públicos e privados, locais de prazer e diversão...) estarem, directa ou indirectamente, envolvidas no desenvolvimento dos adolescentes e da sua educação sexual no âmbito da saúde.

"A maioria dos debates sobre a sexualidade dos adolescentes é simplista porque se centra nas «relações sexuais físicas» e suas eventuais «más» consequências como, por exemplo, a transmissão de doenças, ignorando a sua importância no percurso dos jovens para a idade adulta. A maneira como o desenvolvimento sexual se processa é determinante na formação da personalidade. Por vezes os adolescentes ficam indecisos sobre o caminho a seguir, ficam bloqueados. Uma sexualidade que dá satisfação, que dá prazer e que é vivida com segurança pode contribuir para o bem-estar do indivíduo."

"Uma correcta orientação, que é necessária para uma adolescência mais harmoniosa, responsável e segura, é um tema difícil para a maioria dos pais, dos professores e dos adultos em geral. Quando conseguem comunicar, os adolescentes têm perguntas sobre aspectos concretos da sexualidade - o acto sexual, a contracepção, a interrupção da gravidez - a que os adultos nem sempre respondem confortavelmente."

em Notícias magazine #972, 9 de Janeiro de 2011.

Cantagalo: Uma história de São Tomé e Príncipe

O blogue cresSER aconselha-o a ler COM os seus filhos.


Há muitos, muitos anos todos os galos do mundo se refugiavam na Ilha de São Tomé, talvez por ser uma terra lindíssima e boa para viver. Quando o Sol rompia as nuvens, de madrugada, punham-se todos a cantar anunciando um novo dia: «Cocorococó!» A alegria imensa de estarem juntos e o facto de as suas vozes funcionarem bem em coro, levava-os a repetir a cantoria a qualquer hora, esquecendo que incomodavam os outros habitantes da ilha.
Havia pessoas que lhes achavam graça e até gabavam aquela alegria contagiante que enchia a atmosfera de música. Mas a maior parte reclamava: «Isto não pode ser! Precisamos de sossego! Ninguém aguenta esta barulheira...»
Os dois grupos discutiam, uns a favor dos galos, outros contra. E as conversas iam-se tornando tão azedas que por pouco não se envolviam à pancada. Então um homem sensato resolveu tomar medidas para resolver o assunto. Pegou num papel e numa caneta e escreveu a seguinte mensagem para os galos: «Aconselho-vos a emigrarem e a fixarem-se num local afastado onde possam cantar quando lhes apetecer sem se tornarem aborrecidos. Se não aceitarem a sugestão, haverá guerra.»
Os galos, sendo bem-educados e pouco apreciadores de brigas, preferiram partir. Reuniram-se para escolher um rei que chefiasse a expedição; a escolha do recaiu num enorme galo preto, de que todos gostavam muito porque tinha imensas qualidades, e lá foram em busca de um sítio ideal para músicos bem-dispostos e barulhentos que gostavam de gozar a vida sem se tornarem incómodos. Juntos deram voltas e mais voltas pelas ilhas e pelos ilhéus do arquipélago, até encontrarem o que pretendiam. Ali ficaram para sempre e as pessoas baptizaram o lugar com o nome de Cantagalo. Esse lugar ainda hoje existe.

História retirada do livro "Rãs, Príncipes e Feiticeiros - Oito Histórias dos Oito Países Que Falam Português. Caminho.
Sugerido na nossa biblioteca de "Alguns livros para ler com o seu filho".

Juno: adolescência, divórcio e relacionamentos

Em Juno, o contexto familiar da adolescente que dá nome ao filme é o de esta pertencer a uma família separada pelo divórcio dos pais, que para além da existência da ruptura conjugal existe ainda uma ruptura parental. A mãe é uma mãe ausente na sua vida e o pai nunca estabeleceu com ela uma vinculação suficientemente forte para existir abertura, diálogo e convivência entre estes.
O tema: divórcio, nas últimas décadas, tem tido um crescente interesse em ser estudado e reflectido devido ao acentuado aumento de casos em todo o mundo. Como conjugação deste ser um tema abordado no filme e do facto de o blogue cresSER ter como função a divulgação de assuntos de relevância para o desenvolvimento da criança no contexto familiar, achamos pertinente divulgar um artigo: “Adolescência e Divórcio Parental: continuidades e rupturas dos relacionamentos”, publicado a 7 de Maio de 2010, de Soraya Hack e Vera Ramires, ambas Psicólogas. O objectivo do artigo é apresentar uma revisão da literatura que aborda os relacionamentos pais-filhos no contexto das transições familiares relacionadas à separação e/ou divórcio parental, focando as reacções, as experiências, as concepções, os sentimentos dos filhos, especialmente dos adolescentes.
Nas últimas décadas, assistimos a uma mudança no cenário sociocultural, provocada, entre outros factores, pelas alterações na estrutura familiar. O divórcio trouxe um leque de novas configurações e organizações familiares. A separação dos pais muitas vezes implica descontinuidades, rupturas no relacionamento parental, gerando sentimentos de perda e desamparo.
Os efeitos do divórcio não são necessariamente adversos (Hetherington & Kelly, 2002; Hetherington & Stanley-Hagan, 1999). Muitos filhos que se movem de uma situação familiar conflituosa para uma situação mais harmónica mostram uma diminuição de problemas após a separação de seus pais (Kelly & Emery, 2003).
A literatura científica tem explorado e descrito numerosos factores que contribuem para as vicissitudes do pós-divórcio: o tempo de separação, as características da personalidade das crianças e adolescentes, a sua idade na ocasião da separação, o género, o nível de conflito entre os pais e a qualidade da parentalidade.
O problema instala-se quando os pais, além de considerarem os cônjuges como “ex”, passam a enquadrar suas crianças na categoria de “ex-filhos” (Dantas et al., 2004).
A capacidade dos filhos em lidar com a separação dos pais vai depender sobretudo da relação estabelecida entre os pais e da capacidade destes de distinguir a função conjugal da função parental (Féres-Carneiro, 1998).
Segundo a revisão de Cohen (2002), no divórcio parental o adolescente pode desenvolver uma autonomia prematura, com desidealização de cada pai. Também sentimentos de raiva e confusão podem levar a problemas de relacionamento, uso de substâncias, decréscimo do desempenho escolar, conduta sexual inadequada, depressão, agressividade e comportamento delinquente. Problemas académicos e dificuldades de relacionamento também apareceram na revisão de Kelly e Emery (2003). O estudo de corte realizado por Harland et al. (2002) detectou um índice maior de problemas comportamentais entre 12 e 16 anos nos filhos provenientes de famílias com pais divorciados.
De acordo com Kelly e Emery (2003), o adolescente do sexo masculino tem mais riscos de apresentar problemas de ajustamento e problemas académicos. No entanto, as adolescentes estão inclinadas a engravidar mais cedo.
As pesquisas, independentemente da variável em foco ou da metodologia utilizada, sugerem que o divórcio parental passa a ser um factor de risco para os filhos, caso se tenha consolidado um afastamento entre eles e as figuras parentais. A sensação de abandono e desamparo cria uma situação de vulnerabilidade, propiciando o aparecimento ou a potencialização de desajustes.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Juno numa perspectiva eriksoniana

Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estádios psicossociais, que decorrem desde o nascimento até à morte. Cada estádio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa. Erikson dá especial importância ao período da adolescência, devido ao fato ser a transição entre a infância e a idade adulta, em que se verificam acontecimentos relevantes para a personalidade adulta.
Cada estádio contribui para a formação da personalidade total, sendo por isso todos importantes mesmo depois de os atravessar.
O núcleo de cada estádio é uma crise básica, que existe não só durante aquele estádio específico, nesse será mais proeminente, mas também nos posteriores a nível de consequências, tendo raízes prévias nos anteriores.
Erikson perspectivava o desenvolvimento tendo em conta aspectos biológicos, individuais e sociais.
Esta teoria psicossocial enfatizava o conceito de identidade, a qual se forma no 5º estádio, e o de crise que, sem possuir um sentido dramático, está presente em todas as idades, sendo a forma como é resolvida determinante para resolver na vida futura os conflitos.

Esquema de desenvolvimento de Erik Erikson

1. Confiança  vs  Desconfiança  (até um ano de idade)

Durante o primeiro ano de vida a criança é significativamente dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizagem de palavras e dos seus significados, bem como estimulação para perceber que existe um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afecto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo.

2. Autonomia  vs  Vergonha e Dúvida   (segundo e terceiro ano)

Neste estádio a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e a cuidar da sua higiene pessoal, o que dá à criança grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto à sua capacidade de ser autónoma, provocando um retrocesso ao estágio anterior, ou seja, à dependência.

3. Iniciativa  vs  Culpa (quarto e quinto ano)

Neste período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens, entendendo de forma diferente o mundo que a rodeia. Se a sua curiosidade “sexual” e  intelectual for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir a sua iniciativa de explorar novas situações ou de procurar novos conhecimentos.

4. Construtividade  vs  Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)

Durante este estádio a criança está a frequentar a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares. Este facto exigirá  maior sociabilização, trabalho em conjunto, cooperatividade e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade.

5. Identidade  vs  Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)

O quinto estádio adquire contornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece, ou seja, Identidade Versus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma acepção dramática, por  tratar-se de acontecimentos pontuais e localizado com pólos positivos e negativos.

6. Intimidade  vs  Isolamento (jovem adulto)

Neste estádio o interesse, além de profissional, gira à volta da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afectiva. Caso haja uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro.

7. Produtividade  vs  Estagnação  (meia idade)
Durante este estádio o indivíduo pode dedicar-se à sociedade realizando valiosas contribuições ou grande preocupação com o conforto físico e material.

8. Integridade  vs  Desesperança (velhice)

Neste último estádio o envelhecimento ocorre com  sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos, haverá integridade e ganhos. Como contrário a isso existe a desesperança que se manifesta num sentimento de tempo perdido e na noção da  impossibilidade de começar de novo, de voltar atrás.

adaptado de Teoria Psicossocial do desenvolvimento de Erik Erikson in artigos.psicologado.com

O filme Juno retrata a experiência da gravidez na adolescência, por parte da jovem Juno (16 anos), e como esta experiência é percepcionada tanto na rapariga, como no futuro pai da criança (também ele adolescente), como também por parte dos pais da jovem Juno. Segundo Erikson, é nesta faixa etária que acontece a transição da infância para a idade adulta, desenvolvendo um sentido de identidade. Identidade vs confusão de papéis é a crise psicossocial deste estádio, tendo esta uma vertente positiva e outra negativa. «[…] uma mudança decisiva, um momento agudo de desequilíbrio. A noção está portanto associada às noções da continuidade ou da descontinuidade do desenvolvimento, e à própria validação do conteúdo dos estádios». (Roland Doron; François Parot, 2001: p.196)
Na vertente positiva, o adolescente vai adquirir uma identidade psicossocial, isto é, compreende a sua singularidade, o seu papel no mundo.
Neste estádio os indivíduos estão recheados de novas potencialidades cognitivas, exploram e ensaiam estatutos e papéis sociais, devido à sociedade potenciar este espaço de experimentação ao adolescente. É neste âmbito que ressalta um dos conceitos eriksonianos que ajuda a conferir tanta relevância a este estádio, ou seja, a moratória psicossocial.
«Esta moratória é um compasso de espera nos compromissos adultos. É um período de pausa necessária a muitos jovens, de procura de alternativas e de experimentação de papéis, que vai permitir um trabalho de elaboração interna». (Manuela Monteiro; Milice Ribeiro dos Santos, 2001: p.56)

Juno, assim como um grande número de adolescentes, tem uma evolução incompleta por ter entrado excessivamente rápido na vida adulta, devido ao facto de estar grávida, sem um amadurecimento interior, que só poderia ter sido facultado por uma boa vivência neste estádio e nos seus diferentes aspectos.
Logo na primeira cena, a rapariga aparece a carregar uma garrafa de sumo, que ela leva à boca em grandes goles. Dirige-se para uma loja de conveniência onde compra o terceiro teste de gravidez. O homem que está na caixa, num tom bastante informal e invasivo, lembra-a de que ela já fez dois testes, ambos com resultado positivo. Ela, sem se importar com o comentário, vai ao WC para refazer o teste, o qual confirma os outros dois. Ela está grávida. Juno vê a notícia como uma sentença e apercebendo-se da sua imaturidade para lidar com este acontecimento trágico, que mudaria completamente a sua vida, tenta pensar em soluções. Soluções que parecem as mais rápidas (aborto), para que tudo não passe de um pesadelo, mas que ao mesmo tempo a assombram com o que poderão ser ou trazer.
A chave para a resolução desta crise de identidade, que faz com que a adolescente se sinta isolada, vazia, ansiosa e indecisa, reside na interacção com pessoas significativas, como o Paulie (pai do bebé), com o qual vai ao longo do filme estabelecendo laços afectivos, que são escolhidas e são parte integrante da construção da sua identidade adulta.
Paulie, pai do bebé é caracterizado como um rapaz muito infantil, alienado, que parece não entender minimamente o desenrolar das acções, as suas consequências e a responsabilidade que lhe cabe em tudo isso. Ele e um amigo comentam que Juno está grávida, “assim como a mãe e as professoras ficam”. Há uma inocência na leitura desta experiência.
Erikson refere que os problemas no desenvolvimento da identidade podem culminar numa identidade difusa, caracterizada por «[…]uma noção do eu incoerente, desarticulada e incompleta», numa identidade bloqueada, caracterizada pela «[…] não permissão do período normal de moratória por questões sociais, familiares e/ou pessoais» e finalmente numa identidade negativa, em que «o adolescente selecciona identidades que são indesejáveis para a família e sua comunidade».
O versus negativo menciona os aspectos, sentimentos relacionados à confusão/difusão de quem ainda não se descobriu a si próprio, e não sabe o que pretende, tendo dificuldade em optar.
É importante contextualizar que Juno pertence a uma família desestruturada. Filha de pais divorciados, a mãe é totalmente ausente e o pai nunca criou com ela uma vinculação suficientemente forte para que esta confie nele. Foi por isso habituada a descobrir e experienciar a vida por ela própria. Este facto remete para os estádios anteriores da teoria de Erikson, sugerindo que estes não tiveram as suas crises revolvidas, na sua maioria, numa vertente positiva; acabando por influenciar o estádio da adolescência como um estádio caracterizado pela instabilidade.

Erik Erikson

"Psicanalista de origem alemã, Erik Homburger Erikson nasceu a 15 de Junho de 1902, no início do século em Frankfurt, na Alemanha. Filho de pais dinamarqueses, mas abandonado à nascença pelo pai, foi educado por Theodor Homburger, um pediatra judaico-alemão, que pensava ser o seu verdadeiro pai.

Em 1927, Erikson enveredou pela docência, tornando-se, a convite de um antigo colega de escola, professor numa escola que se distinguia pelo seu estilo muito progressivo. Neste local Erikson teve a oportunidade de ensinar, não só as matérias convencionais, mas algo que muito lhe agradava como a pintura, o desenho e a história de diferentes culturas como a índia e a esquimó. Durante este período da sua vida Erikson começou a relacionar-se com a família Freud, muito especialmente com Anna Freud com quem iniciou psicanálise e com quem ganhou o gosto do estudo da infância.

Em 1930 publicou o seu primeiro artigo e em 1933, após completar a sua formação como psicanalista, foi eleito para o Instituto de Psicanálise de Viena. Também em 1933 emigrou para os de Estados Unidos onde iniciou a prática da psicanálise infantil em Boston, associando-se à Faculdade de Medicina de Harvard.

A partir desta altura Erikson começou a preocupar-se com o estudo da forma como o Ego ou a consciência operam de forma criativa em indivíduos considerados sãos. Em 1936 Erikson abandonou a Universidade de Harvard para trabalhar no Instituto de Relações Humanas de Yale. Em 1938 deu início aos seus primeiros estudos sobre as influências culturais no desenvolvimento psicológico, estudando crianças índias no Pine Ridge Reservations. Em 1939, transferiu a sua prática clínica para São Francisco e em 1942 começou a trabalhar como professor de psicologia na Universidade da Califórnia.

Erikson concebe oito estádios de desenvolvimento, cada um deles confrontando o individuo com as suas próprias exigências psicossociais, que prossegue até à terceira idade. O desenvolvimento da personalidade, segundo Erikson, atravessa uma série de crises que têm que ser ultrapassadas e interiorizadas pelo individuo como preparação para o estádio seguinte de desenvolvimento.

Erikson morreu em maio de 1994 deixando um legado teórico vasto.
Obras importantes de Erikson:

1950, Childhood and Society
1958, Young Man Luther
1969, Gandhi's Truth on the Origins of Militant Nonviolence
1975, Life History and the Historical Moment
1982, A Review
1986, Vital Involvement in Old Age"


in Erik Erikson. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-05-03].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$erik-erikson>