Muitos jovens começam a vida a gastar muito mais do que o que têm. Como podem os pais dar ferramentas aos seus filhos para estes enfrentarem crises económicas como a que estamos agora a passar?
Fala-se hoje numa "Geração à rasca", uma geração que vive ou sobrevive num sistema precário e sem grandes perspectivas futuras. Alguns defendem que é a geração anterior que monopoliza o mundo do trabalho e absorve quaisquer hipóteses de estabilidade, outros defendem que a "Geração Deolinda" não passa de uma geração demasiado protegida pelos seus pais e mal preparada para a competitividade e tudo o que isso acarreta; uma geração mais preocupada com os seus direitos do que propriamente os seus deveres.
De entre tantas opiniões é importante nunca nos esquecermos que uma característica própria da juventude é a mobilidade, a capacidade de ir atrás de sonhos, oportunidades, onde quer que elas estejam.
É a pensar nesta geração à procura de uma ajuda e nos pais que, por precaução, querem ensinar finanças pessoais ao seus filhos, que a ASFARC, Associação de Instituições de Crédito Especializado, publicou algumas sugestões de como ensinar os seus filhos a lidar com o dinheiro na Notícias Magazine do dia 6 de Março de 2011. São estas sugestões que o blogue CresSER quer partilhar com os seus leitores, pais e futuros pais, como mensagem de que uma boa educação passa também por ensinar a gerir o seu próprio dinheiro, mesmo o do porco mealheiro, para uma saudável autonomia aquando adultos.
Fala-se hoje numa "Geração à rasca", uma geração que vive ou sobrevive num sistema precário e sem grandes perspectivas futuras. Alguns defendem que é a geração anterior que monopoliza o mundo do trabalho e absorve quaisquer hipóteses de estabilidade, outros defendem que a "Geração Deolinda" não passa de uma geração demasiado protegida pelos seus pais e mal preparada para a competitividade e tudo o que isso acarreta; uma geração mais preocupada com os seus direitos do que propriamente os seus deveres.
De entre tantas opiniões é importante nunca nos esquecermos que uma característica própria da juventude é a mobilidade, a capacidade de ir atrás de sonhos, oportunidades, onde quer que elas estejam.
É a pensar nesta geração à procura de uma ajuda e nos pais que, por precaução, querem ensinar finanças pessoais ao seus filhos, que a ASFARC, Associação de Instituições de Crédito Especializado, publicou algumas sugestões de como ensinar os seus filhos a lidar com o dinheiro na Notícias Magazine do dia 6 de Março de 2011. São estas sugestões que o blogue CresSER quer partilhar com os seus leitores, pais e futuros pais, como mensagem de que uma boa educação passa também por ensinar a gerir o seu próprio dinheiro, mesmo o do porco mealheiro, para uma saudável autonomia aquando adultos.
"Regras para ensinar os seus filhos a lidar com o dinheiro:
1. Ensine o seu filho a distinguir as coisas que compramos porque "queremos" das que compramos porque "precisamos";
2. Ensine-o a controlar o consumo por impulso. Faça uma lista de compras para seguir no supermercado;
3. Fale com o seu filho enquanto vai às compras e mostre a diferença entre caro e barato em diferentes ambientes. Ensine-o a contar o troco e como funcionam os descontos;
4. Faça o seu filho entender a importância de não desperdiçar e de gerir o seu dinheiro (semanada ou mesada);
5. Explique-lhe como funcionam os cartões de crédito;
6. Por volta das 5, 6 anos dê semanada ou mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões. A semanada ou mesada não deve ser excessiva. Faça um cálculo dos gastos que a criança tem para definir o valor;
7. Não se sinta desanimado se ele gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros agora pode ensiná-lo a evitar erros maiores no futuro. O importante é não lhe dar mais dinheiro logo a seguir, para que da próxima vez ele não repita o mesmo erro e aprenda a esperar. Imponha restrições a gastos com os quais não concorda;
8. Não use a semanada como uma fonte de conflitos familiares;
9. Fixe um dia para o pagamento da semanada ou mesada, cumprindo-o rigorosamente: lembre-se de que é o exemplo para os seus filhos;
10. Explique ao seu filho que tipo de trabalho faz e quanto ganha. Isso ajudará a estabelecer a relação entre ganho de dinheiro e os limites do seu uso;
11. Estimule a criança a participar no orçamento familiar, incentivando-a a dar sugestões sobre formas de reduzir as despesas. Explique-lhe que posição ela ocupa no orçamento. Melhor do que dizer-lhe que não pode comprar algo, é dizer-lhe que a parte do orçamento para essa categoria já foi gasto ou não chega para tal compra;
12. Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro: ensine a doar e faça com que ele reserve parte do que tem para isso;
13. Resista à tentação de dar presentes ao seu filho a todo o momento. Estipule as ocasiões que considera mais propícias para dar-lhe presentes;
14. Nunca estabeleça uma relação entre o desempenho dos estudos e o dinheiro. Os bons resultados escolares devem ser um objectivo em si mesmo. O mau rendimento escolar ou o mau comportamento não devem ser punidos com suspensão de mesada. O mesmo acontece com a realização de tarefas domésticas. Não as associe a um pagamento porque em breve eles podem, ou não fazer nada de graça ou recusar-se a fazer o que quer que seja porque já não precisam do dinheiro. Este é um jogo perigoso;
15. Procure envolver também os avós no processo de educação financeira da criança, explicando as razões de se imporem limites e pedindo que colaborem com as regras estabelecidas;
16. Ensine a importância de investir. Proponha uma meta de investimento e incentive o seu filho a alcançá-la;
17. Não se atormente por não dar ao seu filho tudo o que ele pede. Dessa maneira, ele será um adulto responsável, produtivo e com auto-estima forte;
18. Ensine a criança a ser objectiva, discuta assuntos económicos abertamente na sua família;
19. Ajude a criança a visualizar alternativas - assim, começará a saber o que fazer com o dinheiro e não ficará pela primeira opção que lhe surgir."
1. Ensine o seu filho a distinguir as coisas que compramos porque "queremos" das que compramos porque "precisamos";
2. Ensine-o a controlar o consumo por impulso. Faça uma lista de compras para seguir no supermercado;
3. Fale com o seu filho enquanto vai às compras e mostre a diferença entre caro e barato em diferentes ambientes. Ensine-o a contar o troco e como funcionam os descontos;
4. Faça o seu filho entender a importância de não desperdiçar e de gerir o seu dinheiro (semanada ou mesada);
5. Explique-lhe como funcionam os cartões de crédito;
6. Por volta das 5, 6 anos dê semanada ou mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões. A semanada ou mesada não deve ser excessiva. Faça um cálculo dos gastos que a criança tem para definir o valor;
7. Não se sinta desanimado se ele gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros agora pode ensiná-lo a evitar erros maiores no futuro. O importante é não lhe dar mais dinheiro logo a seguir, para que da próxima vez ele não repita o mesmo erro e aprenda a esperar. Imponha restrições a gastos com os quais não concorda;
8. Não use a semanada como uma fonte de conflitos familiares;
9. Fixe um dia para o pagamento da semanada ou mesada, cumprindo-o rigorosamente: lembre-se de que é o exemplo para os seus filhos;
10. Explique ao seu filho que tipo de trabalho faz e quanto ganha. Isso ajudará a estabelecer a relação entre ganho de dinheiro e os limites do seu uso;
11. Estimule a criança a participar no orçamento familiar, incentivando-a a dar sugestões sobre formas de reduzir as despesas. Explique-lhe que posição ela ocupa no orçamento. Melhor do que dizer-lhe que não pode comprar algo, é dizer-lhe que a parte do orçamento para essa categoria já foi gasto ou não chega para tal compra;
12. Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro: ensine a doar e faça com que ele reserve parte do que tem para isso;
13. Resista à tentação de dar presentes ao seu filho a todo o momento. Estipule as ocasiões que considera mais propícias para dar-lhe presentes;
14. Nunca estabeleça uma relação entre o desempenho dos estudos e o dinheiro. Os bons resultados escolares devem ser um objectivo em si mesmo. O mau rendimento escolar ou o mau comportamento não devem ser punidos com suspensão de mesada. O mesmo acontece com a realização de tarefas domésticas. Não as associe a um pagamento porque em breve eles podem, ou não fazer nada de graça ou recusar-se a fazer o que quer que seja porque já não precisam do dinheiro. Este é um jogo perigoso;
15. Procure envolver também os avós no processo de educação financeira da criança, explicando as razões de se imporem limites e pedindo que colaborem com as regras estabelecidas;
16. Ensine a importância de investir. Proponha uma meta de investimento e incentive o seu filho a alcançá-la;
17. Não se atormente por não dar ao seu filho tudo o que ele pede. Dessa maneira, ele será um adulto responsável, produtivo e com auto-estima forte;
18. Ensine a criança a ser objectiva, discuta assuntos económicos abertamente na sua família;
19. Ajude a criança a visualizar alternativas - assim, começará a saber o que fazer com o dinheiro e não ficará pela primeira opção que lhe surgir."