segunda-feira, 16 de maio de 2011

Porque hoje é segunda... é dia de teoria!


Complexo de Édipo


      Sigmund Freud, psicanalista austríaco, identificou o Complexo de Édipo no decorrer de uma das fases do nosso desenvolvimento psicossexual, nomeadamente na fase fálica. Esta fase ocorre por volta dos três anos e é nela que se forma a identidade sexual (a criança começa a manifestar o interesse pelo conhecimento corporal, perceber as diferenças sexuais e manipular os seus órgãos genitais).



Freud admitia que todas as crianças sofriam um conflito interior, na sua totalidade inconsciente, que visava o desejo de possuir o elemento do sexo oposto e, simultaneamente, a vontade de eliminar o rival do mesmo sexo, por quem experimenta sentimentos ambivalentes de amor e ódio. A relação de um filho rapaz com a mãe vai aprofundando-se e uma relação triangular advém da rápida percepção que a criança tem da existência de um rival, especificamente o pai.


Na fantasia da criança, a relação triangular consiste na seguinte ordem de ideias: o pai é quem fica com a mãe e o impede de realizar o desejo inconsciente de ter a mãe como ele quer. Deste modo, o rapaz investe intensamente na mãe, criando sentimentos ambivalentes de raiva/ódio e de ternura/carinho em relação ao pai. Por vezes a criança fantasia com a morte do pai e como o quer eliminar pensa que este lhe deseja o mesmo. Esta é uma situação conflituosa e vai suscitar na criança o receio de ser castrado pelo pai (complexo de castração). A ansiedade de castração, o amor/ódio pelo pai e o desejo sexual que a criança nutre pela mãe não podem ser resolvidos. Posto isto, a criança inicia o processo de identificação com o modelo parental do mesmo sexo (pai).


O complexo de Édipo é resolvido quando, num sentimento de frustração, a criança percebe que não vai ter a mãe pois ela é do pai.
Em suma, o Complexo de Édipo é considerado o acontecimento mais importante da nossa evolução psíquica visto que é a partir da sua resolução que se completa a constituição de todas as instâncias - Ego e Super-Ego – do nosso aparelho psíquico.

Sigmund Freud
Bibliografia 

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